“Chuva de outono” é a história deste casamento boho na Quinta das Torres, em Azeitão.
Último sábado de outubro. O outono estava no seu pico, com cores e cheiros. Acima de nós, nuvens cinzentas carregavam o céu e, à medida que o dia avançou, este tornou-se um dia memorável a muitos níveis, sendo um o facto de ter sido o dia mais chuvoso do ano!
Para mim, a Mariana foi, nesse dia, a epítome da elegância boho. Para o seu casamento, abraçou um estilo de espírito livre, escolhendo um vestido intrincadamente adornado, de mangas compridas. E o seu ramo simples em tons de terra, repleto de flores silvestres e vegetação exuberante, complementou perfeitamente o ambiente outonal. Durante os preparativos até subir ao altar, a Mariana exalou graça e charme sem esforço e foi uma noiva que abraçou a sua individualidade e bom gosto.
A Mariana e o Francisco queriam um casamento pequeno. Acima de tudo, queriam um casamento que reflectisse quem são enquanto casal: românticos, contemplativos, carinhosos e atentos ao detalhe. São pessoas de pessoas…
E a verdade é que foi tudo isso! Apesar do clima, houve uma inegável sensação de carinho e amor que envolveu a cerimónia, criando uma atmosfera íntima e mágica. Após a cerimónia no castelo de Sesimbra, seguimos para a Quinta das Torres, na mágica vila de Azeitão.
A envolvência histórica da Quinta das Torres proporcionou o cenário perfeito para os momentos intemporais deste casamento. Dos intricados detalhes do vestido da noiva aos olhares ternos trocados entre os noivos, cada elemento pareceu ganhar vida, tendo como pano de fundo a rica história deste local.
Esta idílica casa palaciana do século XVI está rodeada por jardins, um lago e edifícios cobertos por hera. Para mim, o grande destaque da Quinta das Torres é sem dúvida o seu pitoresco pátio, onde foi erguida uma grande tenda a céu aberto. Aqui, no ambiente encantador do pátio, convidados e o casal reuniram-se em festa.
Durante o cocktail, um dueto de harpa e clarinete encantou todos e uma banda ao vivo levou a festa até o final da noite. A ligação de todas as pessoas envolvidas, a sua energia contagiante, e o som da forte chuva ao fundo fizeram deste dia um dia poético.
Mas foi durante a sessão fotográfica do casal, dentro da mansão, que captamos verdadeiramente a essência poética da época. Entrar nos salões do edifício, adornados com móveis antigos e tapeçarias intricadas, foi como voltar atrás no tempo, para uma era passada de graça e sofisticação. Cada espaço parecia sussurrar segredos do passado, conferindo uma sensação de magia à sessão dos recém-casados.
À medida que a celebração prosseguia, os convidados foram convidados a jantar sob a tenda transparente, onde foram brindados com um banquete de deliciosa cozinha local e vinhos requintados. O som de risadas e música ecoava pelos corredores, como prova do espírito alegre que enchia o ar.
E quando a noite chegou ao fim, a chuva diminuiu, transformando-se numa chuva miudinha, muito suave. Para os noivos, este dia chuvoso de outubro foi mágico, uma prova do poder do amor.
No fim, este casamento na Quinta das Torres provou que mesmo as circunstâncias mais inesperadas podem levar a momentos de puro encanto e romance.